Astrologia

A palavra astrologia vem do grego e significa “estudo dos astros”. Védica se refere aos Vedas, ou Shastras, escrituras muito antigas feitas por sábios há milênios. A origem dos Vedas é muito parecida com a da Bíblia – ambos têm inspiração mística, apresentam vestígios da História e de mitos repassados durante séculos e,principalmente, seus ensinamentos guiaram gerações, influenciando a ciência, a arte, a guerra, as grandes conquistas e as coisas miúdas, do dia a dia das pessoas. 

Mas uma diferença fundamental entre eles é que os textos védicos são muito mais extensos, ocupam vários volumes de livros e abarcam todas as áreas do conhecimento, inclusive a astrologia.

Na Índia, a astrologia védica é chamada de Jyotish, que significa a luz do conhecimento, a luz suprema e também a luz que emana dos corpos celestes. Portanto, pode-se definir a astrologia védica como o estudo das luzes que emanam do Universo e da influência que elas têm sobre os seres animados e inanimados.

Entre todos os sistemas de previsões, a astrologia védica é a única que analisa os resultados das ações de vidas passadas (carmas) na vida atual de uma pessoa ou de uma nação, momentos auspiciosos e perigosos, boas ou más possibilidades de sucesso em um negócio etc. E esclarece também quando tais questões se manifestarão. 

Seu nível de precisão é impressionante! Mesmo o homem mais cético e racional fica perplexo com os acertos das previsões e explicações da astrologia védica.

História

A Astrologia Védica foi trazida a este mundo há milhares de anos por um poderoso sábio chamado Parashara Muni, e é considerada pelos orientais o conhecimento mais complexo e completo que existe, pois reúne numa só ciência: astronomia, matemática, geografia, psicologia, misticismo, mitologia, filosofia, preligiosidade, medicina, nutricionismo, fisionomia, anatomia, lógica, gemologia, numerologia, cromologia e tantos outros ramos do saber.

Tendo como base os Vedas, as sagradas escrituras milenares da Índia, a Astrologia Védica estuda o tempo, os efeitos dos planetas e das constelações sobre os seres vivos, a revelação do passado, do presente e do futuro. Desde a mais remota antiguidade, muitos homens poderosos da história já buscavam nela os conselhos para conquistar honra, poder e glória.

Para isso, reis e imperadores tinham em suas cortes, e entre os conselheiros, videntes e astrólogos. Nada, absolutamente nada, era decidido sem antes consultar a situação dos astros.

Astrologia no Mundo

A origem da astrologia dos 12 signos do zodíaco, a mais difundida no Ocidente, está intimamente relacionada com a astrologia védica. Desde os primeiros tempos, o homem troca informações.

Mudou, claro, a velocidade. Se antes era preciso atravessar grandes distâncias, aguardar mercadores e navios, às vezes vidas, hoje a internet faz isso quase em tempo real. Mas houve uma época em que a conexão entre culturas diferentes se dava por meio da ação de conquistadores e viajantes, como Marco Polo e Alexandre, o Grande. 

Ambos tinham, entre seus companheiros e seguidores, astrólogos indianos que previam as melhores datas para a partida de expedições e as batalhas, dizendo quando avançar, quando recuar. Nos dois casos, não dar ouvidos a seus conselhos significou entregar-se fatalmente à tragédia.

Registros de conhecimentos astrológicos têm sido encontrados na História de todos os países e entre as relíquias de todas as civilizações do passado e do presente.

Vidências de estudos astronômicos e astrológicos foram encontradas no Egito, China, Grécia e Índia, mas alguns estudiosos afirmam que foram os babilônios que inventaram o zodíaco com 360º, milhares de anos antes de Cristo. No Império Babilônico (região hoje em dia ocupada pelo Iraque), existem menções de que a astrologia já era praticada no período de 2.500 a.C.

Outros especialistas, por sua vez, acreditam que a Índia tenha recebido o conhecimento astrológico dos gregos. O conhecimento originário da Mesopotâmia, de 3.000 a.C., alcançou seu desenvolvimento no mundo ocidental muitos anos depois, e os islâmicos, posteriormente, vieram a absorver parte da herança cultural grega. 

Berosus, importante sacerdote, astrônomo e astrólogo que viveu na Caldeia e na Grécia por volta de 300 a.C., foi contemporâneo de Alexandre, o Grande e deixou muitos manuscritos que falam sobre a criação do mundo. Parte considerável da sabedoria dos gregos e romanos nos campos da medicina e da astrologia veio diretamente dessa fonte.

Alguns documentos históricos, porém, parecem conferir à Índia a primazia no conhecimento astrológico. A literatura sobre astrologia védica existente na Índia é numerosa, e muitos manuscritos de uma idade incrível ainda existem. 

Recentemente, foram encontrados escritos sobre astrologia védica datados de mais de 6.500 anos a.C.! Pelo que sabemos atualmente, Parashara Muni teria transmitido o Hora Shastra à humanidade há 5.000 anos, durante uma assembleia de sábios. 

O Hora Shastra é considerado o livro fundador da astrologia védica. Já o Gargasamhita, um famoso tratado de astrologia védica, data do século I d.C. Hoje em dia, sabe-se também que Alexandre, o Grande, invadiu a Índia no século IV a.C. e levou muitos dos conhecimentos da astrologia védica para a Grécia.

No Ocidente, grande parte do conhecimento astrológico atualmente praticado é baseada nos escritos de Cláudio Ptolomeu, que viveu por volta de 70 d.C. e estudou na famosa Biblioteca de Alexandria. Exemplos de seus trabalhos importantes são o Tetrabiblos e o Almagesto.

No período medieval, entre 700 e 1.500 d.C, houve uma fase de grande estagnação no estudo da astrologia védica. Poucos mestres possuíam, então, a potência necessária para receber mais conhecimento ou para aprimorar o já existente.

Passaram-se séculos até que os europeus, antes divididos em milhares de pequenos territórios, se organizassem em reinos e enviassem emissários ao longínquo Oriente. 

Renomados viajantes, como Marco Polo e outros, trouxeram ao Ocidente conhecimentos que proporcionaram grandes avanços. Nesse período, apesar de o cristianismo condenar a astrologia, as principais universidades da Europa mantinham cadeiras dessa disciplina. 

A redescoberta de antigos estudos pelos humanistas encorajava o interesse por esses assuntos, que persistiu durante a época do Renascimento e das Reformas protestantes.

As subsequentes invasões do território hindu ao longo da Idade Média também deixaram suas marcas na evolução do conhecimento astrológico. Os árabes, ao invadirem a região no século VIII, deixaram importantes marcas culturais que perduram na Índia até hoje. 

Além disso, durante as invasões mongóis do século XIII, foram destruídos muitos manuscritos originais e trabalhos sobre astrologia védica e ocultismo, por medo de que, utilizando-se de tais meios, os hindus pudessem reverter sua desvantagem na guerra.

A partir do século XVIII, os britânicos também iniciaram a colonização de partes do território hindu, fazendo várias tentativas de inserir a cultura cristã na região como uma de suas estratégias de dominação.

A cultura indiana, porém, resistiu, e, no século XX, a adoção do inglês na Índia como língua oficial acabou facilitando a disseminação do conhecimento védico na Europa e nos Estados Unidos, por meio do trabalho dedicado de alguns grandes sábios e de homens que renunciaram a seus bens materiais (sannyasis), como Osho, Yogananda, Srila Prabhupada, Harish Johari e outros.

Papel da Astrologia Védica

O universo é o corpo do Supremo. Tudo o que acontece no macrocosmo tem seu correspondente no microcosmo. Em palavras mais simples, seu mapa astrológico corresponde a uma foto do céu no momento de seu nascimento, que mostra, num plano mais amplo, o que pode acontecer em seu corpo, que é o microcosmo.

Como a constituição do biotipo individual está prevista nos mapas astrológicos das pessoas, costumo analisá-los com base no sistema tri-dosha, verificando quais partes do corpo do consulente podem ser afetadas por patologias e, assim, indicando os melhores pranayamas, as posturas de ioga mais apropriadas, os mantras mais eficazes, os alimentos que devem ser ingeridos de acordo com esse biotipo, os hábitos que devem ser transformados e inúmeras outras medidas que podem ser utilizadas para minimizar, reduzir e neutralizar possíveis efeitos maléficos de determinadas configurações astrais presentes em cada mapa particular.

Sabendo disso, você pode começar a entender por que, na Índia antiga, o sacerdote era também astrólogo, médico e professor. Afinal, todos os campos do conhecimento estão interligados: são shástricos!

Como Funciona a Astrologia Védica

Algumas pessoas questionam como planetas tão distantes podem afetar os seres humanos. Não questionam, porém, que sem a energia solar não haveria a menor possibilidade de vida.

As Escrituras Védicas dizem, por exemplo, que a Lua controla o movimento de todos os líquidos existentes, incluindo as águas dos oceanos, o suco dos vegetais e os líquidos e fluidos do corpo humano, alterando desta forma os humores do corpo.

O universo é um colossal mecanismo onde tudo está sendo controlado. Há uma ordem cósmica que influencia a todos nós. Estamos dentro deste mecanismo, fazemos parte dele e temos um papel.

Família em que nascemos, o tipo de corpo, a educação, os amigos, gostos particulares e determinados talentos que temos são para que realizamos uma determinada missão, que não poderá ser cumprida por mais ninguém.

Assim, sabendo-se a data, o horário e o local de nascimento, todos os segredos da vida da pessoa são revelados.

Astrologia Financeira

Seu mapa astrológico mostra, com detalhes, todas as informações a respeito de seus sucessos e fracassos financeiros. Quais os porquês de não enriquecermos nesta vida? Quais as oportunidades, no futuro? Em que deverei investir? Onde haverá mais benefícios? Qual o ramo de atividade em que terei mais sucesso, os controla o movimento de todos os líquidos existentes, incluindo as águas dos oceanos, o suco dos vegetais e os líquidos e fluidos do corpo humano, alterando desta forma os humores do corpo.

O universo é um colossal mecanismo onde tudo está sendo controlado. Há uma ordem cósmica que influencia a todos nós. Estamos dentro deste mecanismo, fazemos parte dele e temos um papel.

Família em que nascemos, o tipo de corpo, a educação, os amigos, gostos particulares e determinados talentos que temos são para que realizamos uma determinada missão, que não poderá ser cumprida por mais ninguém.

Assim, sabendo-se a data, o horário e o local de nascimento, todos os segredos da vida da pessoa são revelados.

Astrologia Eletiva

Em minha vida pessoal, criei, mediante a leitura de meu mapa, uma agenda que consulto todos os dias e que é usada para eu agir somente em momentos mais propícios e livres de obstáculos. A isso chamo de astrologia eletiva: a partir de cada mapa astrológico, é possível eleger os melhores momentos para a ação (ou para não fazer nada!). Com essa prática, é possível verificar, entre outras coisas:

Pensou em mais alguma coisa? Com certeza, seu mapa astral traz a resposta!

Ciência da Luz

A astrologia é a ciência da luz: uma luz que ilumina o caminho que atravessa a vida. Não fala de atos cruéis ou bondosos ou de destinos predeterminados, mas de sua liberdade para se autoconhecer, entender o sentido do que lhe acontece e fazer uso apropriado de seu livre-arbítrio. Você, sem dúvida, pode viver, e bem, sem a astrologia. Mas o contato com ela pode dinamizar sua evolução, auxiliando-o(a) a aprender as suas lições com um mínimo de esforços. Muito mais do que prever o futuro, a astrologia mostra que tudo pode ser alterado por meio do autoconhecimento e da aplicação de métodos eficazes.

Cada momento tem uma qualidade única, e o seu mapa astral é seu guia para todos os momentos da vida. Nele, há uma imensa profusão de elementos a se considerar. Quando observo um mapa, analiso a interação entre os planetas, os signos, as casas e os aspectos entre eles. Decifrá-lo é entrar em contato com uma linguagem cósmica, um código que sintetiza sua vida inteira. 

Por isso é que, em se falando de astrologia, não se trata de acreditar, mas, sim, de entender. Esse é um conhecimento que abrange todas as esferas da existência humana, sem restrições de etnia, religião, nacionalidade ou cultura. Ela serve até mesmo para os que não acreditam nela!

É importante saber que os signos não são simplesmente sinais ou símbolos, mas constelações que existem, de fato, no céu. À noite, se você olhar para cima (com maior ou menor auxílio de instrumentos, dependendo de onde vive), poderá ver cada uma dessas constelações zodiacais. 

As constelações são fixas – por isso é que o céu também se chama firmamento. Há pontos brilhantes que viajam entre essas constelações: são os planetas. Portanto, o que se move são os planetas, e os pontos fixos são as estrelas. Claro que, devido ao movimento de rotação da Terra, você terá a impressão de que são as estrelas que se movimentam.

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